De todos os tipos de pessoas, uma das que mais admiro são as transformadoras. Aquelas que conseguem fazer de um limão uma limonada. Essas geralmente transformam não apenas o seu entorno, mas também as pessoas que tem a oportunidade de seu convívio.
Recentemente estive em Minas Gerais, com o serio proposito de visitar o museu mais comentado do planeta – Inhotim. E é este o tema de meu artigo de hoje.

Iniciarei pelo seu idealizador – Bernardo Paz, a qual já me encantava com suas histórias e feitos, mas que definitivamente virei fã, após passar dois dias em Brumadinho.
Já havia visto e lido muito sobre ele e seu projeto magnânimo. Bernardo é uma destas pessoas que transformam de forma surpreendente o mundo a sua volta. Apaixonado, casou-se seis vezes e na mesma proporção teve seis filhos. Vê-lo falar com tanto orgulho e admiração de seus feitos, pode soar prepotência em ouvidos daqueles que jamais terão a chance de realizar. De minha ótica, confesso que o acho o máximo e a única tristeza que tive durante minha visita, foi não ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e de poder ter agradecido o que ele me proporcionou com sua genialidade.
Inhotim encontra-se em uma fazenda de 45 ha, adquirida pelo próprio Bernardo Paz há quase 30 anos. Amante das artes, na primeira oportunidade que teve – quando vendeu uma mineradora que recebeu falida e na época já operando a pleno vapor – iniciou o que hoje podemos ver em Inhotim.

A chegada impressiona. Um jardim exuberante, de um paisagismo perfeito e muito bem cuidado por mãos de gente simples dos arredores, me deu vontade de chorar… Bernardo tem essa pegada social e sua equipe é formada com mão de obra do próprio entorno, fonte de renda para muitos que jamais teriam outra oportunidade na vida.
Depois o atendimento de jovens bem treinados, que vestem a camisa do museu e nos atendem lindamente. E por fim as instalações e suas obras, a proposta de trabalho, a administração, a infraestrutura…

Impossível colocar em palavras, pois caberia em volumes. Só para visitar tudo são necessários no mínimo dois dias. E ainda assim, faltaria. Poderia fazer um álbum com belas fotos, mas não chegaria perto do que pude ver e viver neste lugar.
Dessa forma finalizado aqui com os meus sinceros agradecimentos ao Bernardo Paz. Seu projeto oportunizou a muitos um novo olhar da arte, em um mundo tão descrente das infinitas possibilidades que temos. Basta apenas um louco e destemido visionário, que com a ajuda e força de pessoas certas, faça acontecer. E ele fez!
Inhotim precisa ser visto e não falado. Precisa ser experimentado em sua máxima. Eu fui, mas já deixo aqui registrado que voltarei.
Concordo inteiramente com você. Não dá para descrever o que é Inhotim. Tem que ir lá e conhecer.