Quem vai a Bonito, geralmente vai ao Pantanal, devido à proximidade, mas aqui vale uma explicação, que só pude entender bem quando lá estava. O Pantanal é a maior planície de inundação contínua do mundo, formada principalmente pelas cheias do rio Paraguai e afluentes. A região tem cerca de 250 mil km², sendo que mais de 80% fica no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O restante fica principalmente na Bolívia e uma pequena parte ao Paraguai, onde recebe o nome de Chaco.

Possui uma impressionante diversidade na fauna e flora e na época das chuvas, entre outubro e fevereiro, o Pantanal fica praticamente intransitável por terra. No restante do ano, o solo forma um excelente pasto para o gado.
Como já estava no MS, decidi seguir por mais 100 km e atingir Miranda, mais precisamente a Fazenda Baia Grande, de propriedade da família de Alexandre Costa Marques, o qual administra sozinho a parte turística da fazenda. A estrada possui boas condições de trafego e com uma paisagem encantadora.
Saímos de Bonito após o almoço e antes do entardecer atingimos a Baía Grande, localizada em Miranda, no Pantanal Sul. Esta abriu suas porteiras para o turismo rural e ecológico em julho de 2001, sendo indicada no Guia Quatro Rodas como umas das melhores opções de Hotel Fazenda do Centro-Oeste. A fazenda possui decoração rústica, ambiente aconchegante e acolhedor, cercado de verde e pássaros. As suítes são simples, mas o lugar compensa! Com atendimento personalizado e familiar, possui capacidade máxima para ate 15 hóspedes.

Fomos recebidos pelo próprio Alexandre, que nos convidou a um passeio por uma das baias da região, onde demos inicio ao contato com as mais belas aves já vistas em seu próprio hábitat. Grupos de pacas seguiam para a água. Fotos, exclamações, espanto… tamanha beleza do lugar e das espécies. Vimos o ninho do Tuiuiú, ave gigante de rara beleza, escolhida como o símbolo do Pantanal.
Também pescamos piranha, andamos a cavalo, alimentamos papagaios e seriemas. Um tamanduá bandeira, todas as tardes vinha nos visitar. Pegadas de onça na estrada e os jacarés do papo amarelo eram frequentes em nossas andanças. A lua estava cheia, o que prejudicou vislumbrar as estrelas, mas deixou as noites claras e belas.
O por do sol unido às águas da região, enfeitavam as nossas tardes. De um lado o sol se despedia e do outro a lua se mostrava, nos deixando confusos, sem saber para onde olhar. E a comida? Deliciosa, feita no fogão a lenha, com horário para começar, quando um sino era tocado para nos avisar.

Nosso guia, Adriano, era um antigo tratador, que subiu de posto e hoje leva os visitantes para observar os pássaros. Fala algumas palavras em inglês e não se intimida, com um livro de espécies em baixo do braço e um binóculo, aponta o que vê e mostra com detalhes a ave por ele encontrada. Sua expertise me encantou.
Poder ver tucanos, papagaios, araras azuis, corujas, tatus, ariranhas… Todos soltos, livres, colorindo nossa vida foi um grande presente. Penso que deveria ser uma obrigação ir ao Pantanal, pois para quem acredita na vida como um milagre, lá se chega bem próximo a Deus.
Este estabelecimento integra o Circuito Elegante e seus clientes associados possuem benefícios exclusivos, além de pontos no Programa Privilégio.
Para maiores informações, acesse – www.circuitoelegante.com.br/hoteis/baiagrande
Concierge Circuito Elegante – 0800 282 0484 / (21) 2217-4850