E finalmente chego à Pirenópolis. Essa cidade estava em minha “wish list” ha muito tempo, mas sempre adiava, ou melhor, acho que não estava pronta para ela. Seguindo aquela premissa de que tudo acontece na hora certa… Essa hora finalmente chegou!
Vinha de Mato Grosso e como tinha mais alguns dias, fiz uma parada em Goiânia e de lá, com o apoio da Localiza, rumei pela BR 060 (Goiânia – Brasília) e em Anápolis, peguei a BR 153 (Belém – Brasília). No total foram 130 km, percorridos em menos de 2 horas.
Pirenópolis é uma pequena cidade do interior, que reúne em si uma grande diversidade cultural e belezas naturais. Tombada pelo Patrimônio Nacional, possui a mais antiga igreja do estado de Goiás, datada de 1728. Em torno dela, belas casinhas coloridas, foram sendo erguidas, formando assim, o que hoje é essa linda cidade. Ficou internacionalmente conhecida por suas manifestações folclóricas – as famosas “Cavalhadas” – que ocorrem durante a Festa do Divino, festa essa que dura por três semanas, sendo a maior manifestação cultural local.
Mas o real motivo que me trouxe aqui foi para conhecer um antigo hotel de nome “O Casarão”, instalado em um dos casarões mais tradicionais da cidade e que agora, pelas mãos de Dom Geovani, vem se tornando referência local de hospedagem, rebatizado como “Casarão Villa do Império”.
Geovani Ribeiro tem um olhar especial, tanto para negócios quanto para transformações. Estive com ele durante minha estada e pude acompanhar um pouco do seu dia a dia, cuidando de tudo nos mínimos detalhes. Sua primeira pousada na região se chama Villa do Comendador, em homenagem histórica a um dos mais importantes personagens da cidade – Joaquim Alves de Oliveira, o “Comendador”. E pelo visto, outras mais serão empreendidas, pois trabalho é o seu sobrenome.
Mas de volta ao Casarão, este está todo renovado e traz ao Centro Histórico uma opção de elegância, conforto e qualidade absoluta, no quesito bem receber. E para uma cidade histórica, um hotel igualmente histórico!
Aqui cada suíte possui uma própria identidade, unindo bom gosto, rusticidade e beleza. Estas possuem acesso pelo lindo jardim e são assim denominadas: Imperial, a mais imponente de todas, com uma decoração clássica, possui entre outros itens, adega particular, jardim privativo com hidromassagem, paredes envidraçadas e 08 travesseiros de plumas; Barão de Mauá; Marquês; Dom João VI; Dom Pedro I; Duque de Caxias; Imperatriz Leopoldina e Princesa Isabel. Todas com cama super king, TV 55″ de LED com parabólica, ducha pressurizada, lençóis e toalhas de alta qualidade, chocolate de boas vindas, ar condicionado Split e amenites Loccitane. Algumas possuem ainda banheiras de hidro.
O café da manhã do Casarão Villa do Império se tornou uma referência em cafés coloniais na região, tendo como chefe gourmet, Ueder Corrêa. Servido no lounge externo, vem até à mesa, iguarias de todos os tipos – pães de queijo, geleias especiais, biscoitos da região e até espumante. Um belo banquete matinal para um dia repleto de emoções. Caso se tenha intolerância a algum alimento, o hotel se dispõe a preparar um cardápio especial. E ainda, diariamente é servido um autentico chá das cinco, para toda a realeza que ali tem o privilégio de se hospedar.
Não posso deixar de mencionar o meu espaço preferido, um jardim com Jabuticabeiras centenárias, e entre essas, uma pequena piscina com aquecimento solar. Além disso, o Hotel possui vários locais de descanso e leitura, um “Lounge Veuve Clicquot” que funciona aos finais de semana e feriados, com drinks e champanhes para celebrações e um pequeno e elegante espaço para massagem – o Shantala SPA, que em breve terá também uma sauna e hidromassagem coletiva.
Aqui encontrei também um serviço perfeito de “conciergerie”, que me auxiliou com os diversos atrativos que esta cidade proporciona. Desde mapas, roteiros e receptivo local. Confesso que apenas dois dias foi muito pouco, mas pude aproveitar ao máximo, através do auxilio de uma equipe pronta para surpreender.
Fui ao Parque Estadual da Serra dos Pirineus, uma área de especial beleza, cerrados rupestres de altitude, formações rochosas e suas nascentes. Visitei o Pico dos Pireneus, com 1.385 metros de altitude e em seu cume, uma pequena capela dedicada a Santíssima Trindade, que recebe peregrinos em procissão, durante a Festa do Divino. Tirei fotos na Cadeira do Imperador, uma formação rochosa debruçada para um lindo vale em formato de poltrona. Poder sentar ali e vislumbrar um horizonte de rara beleza, foi sem duvida, um privilégio. Visitei também a Cachoeira do Abade, a mais bela de todas da região.
E me concedi momentos de puro prazer, com a gastronomia local. Considerada um dos principais polos gastronômicos de Goiás, Pirenópolis possui representantes regionais (mineira, baiana, nordestina) e internacionais (francesa, italiana, árabe e portuguesa). Mas também a sua própria culinária, com pratos como o arroz com pequi, a pamonha e a guariroba. E como aqui tudo é motivo de festa e comemoração, em junho, ocorre o Festival Gastronômico e Cultural, trazendo gente de todos os lugares.
E se você ficou com vontade de vir, posso lhe garantir que não mencionei 20% dos eventos e atrativos. Vale a pena se informar antes, a fim de aproveitar todas as oportunidades.
Pirenópolis ainda não possui um estabelecimento do Circuito Elegante, mas se depender de mim, isso será por pouco tempo…
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