Tem pão de queijo? Tem colher de pau? Tem sim, e muito mais!!! Fogão à lenha tem, quitutes da vovó também. São geleias, bolos, doces artesanais… Tem cheiro do campo e aromas que sopram da montanha. Tem gente simples, acolhedora e que te recebe com um carinho sem fim.
Começo a contar minha história de hoje assim, pois foi tudo que vi, provei e senti durante os poucos dias em que passei na Pousada Aromas da Montanha, que acaba de abrir suas portas e janelas em Tiradentes, diminuta cidade histórica mineira, que até trem tem! Não um desses comuns de carga, que costumamos ver pelas estradas, e sim uma autêntica réplica da Maria Fumaça, que leva e traz os visitantes para um passeio, na vizinha São João Del Rey.
Neste lugar o turismo é a principal fonte de recursos. As ruelas de pedra, os casarios do império, as igrejas barrocas. Os restaurantes mineiros e também contemporâneos com chefes estrelados e badalados. As inúmeras pousadas, que atendem todos os bolsos. As infinitas lojinhas de artesanato, mobiliário e antiguidades. A cidade chama a todos por suas belezas, culturas e principalmente pelos eventos que atraem gente de todos os cantos. Um lugar democrático e feliz.
O dia começa cedo, com um café da manhã preparado por divinas mãos. O carinho está presente em tudo. Na Aromas da Montanha tudo foi pensado para criar experiências olfativas especiais. O cheiro do pão de queijo, do café fresco e coado na hora, o bolo de milho e toda a sorte de iguarias de uma legítima culinária mineira. No salão, a luz do dia que se inicia, se mostra presente em um lindo jardim interno. Ao seu lado, uma grande porta se abre para uma cozinha com ares de Provence.
O cuidado com os detalhes são tantos, que chega a impressionar os olhos dos mais distraídos. Um desses detalhes me chamou a atenção – mesas com vitrais trazem a marca da erva ou flor que nomeia cada uma das acomodações, criando assim um domínio e aconchego, a cada café da manhã ou da tarde. Assim como o quarto, tive uma mesa para chamar de minha!
No jardim, além das flores, gaiolas abertas com comida de pássaros lembra que cativeiros não são escolhas sensatas. Poder ver os lindos pássaros entrarem, se alimentarem e depois partirem foi emocionante e comovente.
A pousada é de propriedade de um casal paulista. Ela paisagista e ele engenheiro. Ambos muito envolvidos com o novo empreendimento, cuidam para que nada falte ou desperdice, em um equilíbrio elegante, fazem desta minha estada uma experiência singela e inesquecível.
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