Santo André, uma pequena vila localizada no distrito de Santa Cruz de Cabrália, foi a porta de entrada dos portugueses quando aqui chegaram pela primeira vez. Um lugar belíssimo, cuja população é formada, em sua maioria, de gente simples, acolhedora e feliz. Também pudera, não tem como ser diferente, vivendo em um lugar como esse.
Chegar até lá já é um dos pontos fortes. Seja a qualquer hora do dia. Se for a noite, ainda melhor, pois ao acordar no dia seguinte e se deparar com as belezas locais é algo de outro mundo. E foi o que aconteceu comigo recentemente. Meu voo saiu do Rio de Janeiro à tarde e quando cheguei a Porto Seguro, a noite já vinha caindo. Como gosto de liberdade total, sempre alugo um carro e a Localiza é a minha preferida – melhor atendimento, frota impecável e o programa de fidelidade são os responsáveis por minha predileção.
Saio do aeroporto em direção ao norte, e em menos de 30 km alcanço às margens do Rio João de Tiba. Este rio faz a divisa do povoado com o restante da civilização e seu acesso rústico garante o sossego dos que aqui vivem, pois para se chegar a Santo André há de se cruzar o rio em uma balsa e essa parte da viagem me encantou… E, logo ao atravessar a balsa, fica nítido o contraste entre o agito da vizinha Santa Cruz de Cabrália (que segue o ritmo de Porto Seguro) e a pacata vila de Santo André. A proximidade com o rio faz das praias da região, as menos azuis do Sul da Bahia, mas mesmo assim, o cenário é encantador e foi na manhã seguinte que pude comprovar o que agora irei relatar.
Minha casa foi escolhida com grande critério. O lugar possui inúmeras opções de hospedagem, mas vinha em busca de um em especial, que ficou famoso com a última Copa do Mundo e que não existia antes deste evento. Estou falando do Campo Bahia, um hotel à beira mar, idealizado e construído em menos de seis meses. Este foi concebido para abrigar a equipe campeã da Alemanha.
Aqui rodeada de gente simples e feliz, se reuniu os melhores e mais famosos craques do futebol mundial. Um contraste que resultou em vitória. E eu tive o privilégio de viver dias especiais e sonhar com a minha própria vitória, pois o tema do Campo Bahia é “Pegue seus sonhos”. Como Santo André é apenas uma rua, após a saída da balsa, me restou seguir por ela apenas alguns poucos metros para ser bem vinda.
Encontro uma construção novíssima, com uma arquitetura bela e Integrada ao entorno. Tudo muito elegante! Ao todo 14 casas com 04 ou 05 suites cada, dispostas de forma a garantir conforto e privacidade aos seus hóspedes. Uma piscina frente mar com um bar, o Word-Cup, servindo drinks coloridos e o Restaurante Nº 1 ao centro, completam a estrutura perfeita para dias inesquecíveis e especiais.
A arte aqui merece devido destaque. Artistas internacionais se reuniram antes da Copa do Mundo no Campo Bahia e processaram as suas impressões de obras de arte para o interior e exterior das instalações. Assim, o esporte e natureza do Resort recebeu um toque especial e pessoal, sem comparação no mundo.
Um carrinho de Golf me conduz a minha casa. Soube que essa recebeu os técnicos da seleção. Esse detalhe também me surpreendeu – a sinalização foi mantida, informando onde cada uma das feras da copa se hospedou enquanto esteve por aqui. Cada uma dessas casas possui uma ampla sala com varanda. A que fiquei contava com duas suítes no primeiro andar e duas no segundo. Todas com conforto absoluto e decoração repleta de arte. Lençóis, colchões, toalhas, amenidades, tecnologia, tudo da melhor qualidade e bom gosto.
Não posso deixar de mencionar a massagem que fiz. Val é um dos melhores massagistas que conheci e um dos poucos que tocou verdadeiramente a minha alma.
O restaurante fica a cargo de um chef renomado, jovem, lindo e o mais curioso, nasceu ali, viveu ali, viajou, estudou, trabalhou com grandes chefs e agora se vê feliz, fazendo o que sempre quiz e o melhor – no seu lugar! Thiago é seu nome e, seu sobrenome Paixão, que combina muito com tudo o que vi fazendo, em sua ampla e equipada cozinha, aberta para o salão.
A praia é calma, quente e com serviço de bar. Já cedo, tudo pronto com espreguiçadeiras, umbrellones, mesinhas e um detalhe que me chamou atenção – cada hóspede ganha duas bandeirinhas nas cores verde e vermelha, sinalizando o desejo do serviço, bastando levantar uma ou outra. Simples, delicado e objetivo. Amei!
Foi tudo tão mágico e perfeito, que o difícil foi ir embora. Na saída ganhei um pequeno “Filtro de Sonhos”, similar ao portão de entrada do Campo Bahia. Dizem que essa espécie de mandala com penas, feita pelos índios, nos traz bons sonhos.
Prendi a pequena lembrança em meu chapéu e agradeci ao Divino por mais esse momento. Essa pequena gentileza me acompanhou pelos demais dias de minha viagem à Bahia e nas outras que tenho realizado com meu chapéu, que agora além de me proteger do sol quente, me faz sonhar com esse lugar, na certeza de que em breve irei voltar.
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querida, volte sempre…
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beijo