Tudo por um filet

Era um domingo de pouco sol. Nosso plano inicial era subir a serra para Itaipava de moto, mas a ameaça de chuva nos fez seguir no Jimny Suzuki. O destino final era o de comer o melhor filet do mundo, ao molho de queijo, acompanhado de um legítimo macarrão da nona, no Restaurante Clube do Filé, localizado em Itaipava.

O Clube do Filé foi, durante anos, comandado pelas irmãs Odete e Ignez Barcellos, paulistas já petropolitanas e minhas contra parentes, as quais mediante um convite, abriram o restaurante Clube do Filet, nome este sugerido pelos próprios clientes, que achavam que o restaurante deveria se tornar um “clube” para seus assíduos clientes. Como Ignez, a antiga chef, se mudou em busca de novos projetos,  Odete trouxe um novo chef mantendo a tradição familiar da casa e nada melhor na escolha, do que seu filho Fred.

O cardápio continua igual, na medida precisa, os filets chegam às mesas impecavelmente deliciosos, acompanhados a gosto do socio. Ao pedir o vinho, não há carta, você é convidado a ir até a adega, que é um show a parte. Ela é enorme, é difícil até saber por onde começar. Mas uma sommelier super simpática está a postos para te ajudar nessa missão.

A casa transformada em restaurante é belíssima e fica dentro de um condomínio de luxo de Itaipava, no Condomínio Granja Brasil, bem na entrada da cidade. São bem pouquinhas mesa, espalhadas pela varanda, pela sala de visitas e a sala da lareira. É interessante reservar, nem que seja algumas horinhas antes. Cheguei de surpresa e graças a minha sorte, consegui uma mesa na varanda, de frente a um jardim belo e bem cuidado.

O almoço foi surpreendente. O filé estava no ponto, o molho de queijo foi como uma benção e a pasta… Que posso eu dizer de uma pasta que me remete à infância distante, onde na cozinha, minha nona passava dias, abrindo e secando a fina massa, que nos deleitaríamos no domingo após a missa. Uma pasta leve, que escorre na boca e não pesa no estômago. Que trás prazer e lembrança. Que faz com que deixemos o Clube do Filet muito mais felizes do que chegamos. Tudo isso harmonizado com um vinho da adega local, que não me recordo o nome agora, mas não importa, pois foi coadjuvante apenas.

Este estabelecimento integra o Circuito Elegante.